Sobre a modalidade
A FCMP, instituição fundada em 1945 e com o estatuto de federação de utilidade pública desportiva desde 1996, é a entidade que tutela vários desportos e disciplinas que estão em contacto com a natureza, desde o campismo à escalada, do pedestrianismo ao alpinismo, do canyoning ao esqui-montanhismo e, agora, também as corridas na montanha com as características definidas pela Federação Internacional de Skyrunning. A aceitação da FCMP no seio da International Skyrunning Federation teve lugar no final de 2013, sendo a ISF a federação que tutela e promove a nível internacional as corridas com um grande desnível positivo, isto é, o Skyrunning.
Em 1995 nasceu a Federation for Sport at Altitude – FSA por intermédio do alpinista italiano Marino Giacometti, o qual decidiu regulamentar o desporto de corridas em montanha, isto é, o circuito de provas que se organizava desde 1993 com o apoio de uma empresa italiana. Em 2008, altera-se a designação para International Skyrunning Federation – ISF.
Inicialmente, Skyrunning e Skyrunner® definiam a atividade em que os atletas participavam em competições acima dos 2000 metros de altitude. Dado que nem todos os países dispõem de montanhas com essa altitude, a ISF não quis deixar de fora regiões e países que contam com excelentes provas de montanha. Por esta razão, alargou o seu âmbito aos eventos abaixo dos 2000 metros mas que apresentem um desnível positivo elevado.
A International Skyrunning Federation (ISF) define Skyrunning como o desporto de corrida na montanha em baixa, média e alta altitude com uma inclinação elevada. As mãos e algum equipamento podem ser utilizados para ajudar a progressão, de acordo com regras específicas. As secções técnicas são inerentes à modalidade, mas a dificuldade da escalada não deve ultrapassar o grau II da escala UIAA e o limite de tempo não deve ultrapassar as 16 horas.
O percurso deve, obrigatoriamente, apresentar uma inclinação média mínima de 6% para a distância total (12% só para a subida), e pelo menos 5% da distância total deve ter uma inclinação igual ou superior a 30% e atingir os picos mais altos da região. O percurso decorrerá em caminhos, trilhos, rochas ou neve e terá menos de 15% de asfalto.
Skyrunning não salienta apenas a corrida, a distância e a altitude, mas também a habilidade técnica, o treino para o elevado desnível acumulado e a experiência de estar na montanha, ultrapassando obstáculos com rocha solta, cumeadas, subidas e descidas técnicas de forte inclinação e exposição ao vazio.
Estes percursos são sempre muito cénicos, dispondo de uma componente paisagística de grande beleza.